Durante o evento, realizado de sexta-feira, 1º, a domingo, 3, foram apresentadas as cartilhas Lei Maria da Penha para Mulheres Indígenas traduzidas para as línguas Manchineri e Huni Kuin, que ganharam destaque por ser o primeiro material brasileiro a traduzir a Lei Maria da Penha em idioma indígena.
A chefe da Divisão dos Povos Originários e Tradicionais da Semulher, Alessandra Manchinery, destacou: “Pensamos em um jeito de chegar até a mulher indígena, para que ela pudesse entender que tem a lei, que ela tem direitos, de uma maneira mais acessível”, disse.A publicação foi desenvolvida pela Semulher, por meio da Divisão dos Povos Originários e Tradicionais e Departamento de Fortalecimento Institucional, Ações Temáticas e Participação Política das Mulheres. Foi criada para conscientizar e combater a violência doméstica e familiar contra mulheres indígenas, tanto em áreas urbanas quanto em territórios tradicionais.
O Sitoakore atua na defesa dos direitos sociais e culturais das mulheres indígenas, na promoção e no fortalecimento de suas atividades, como forma de garantir a presença feminina nas diversas áreas de discussão que envolvem políticas direcionadas aos povos indígenas.
A idealizadora do evento, Tarcila Rivera, agradeceu pelo material.
“Estamos felizes por essa cartilha e iremos agora repassar para nossas irmãs da Guatemala, para que possam se espelhar na legislação do Brasil e, assim, criar leis de combate à violência. A juventude precisa conhecer mais as políticas internacionais de proteção às mulheres”, salientou.